Já ouviste a palavra currículo ou CV vezes sem conta. O currículo ou CV é nada menos que um documento que resume o teu conhecimento, as tuas experiências académicas e profissionais e outras possíveis competências que tenhas.
Normalmente é usado para fins profissionais, como a procura de um novo emprego ou, para fins académicos como, por exemplo, a candidatura a um mestrado.
O conceito de "bom" CV é algo muito subjetivo. As características e aspeto que uns acreditam ser o mais indicado para determinado cargo/função de uma empresa ou de um conjunto de empresas podem não ter o mesmo reconhecimento e impacto em, por exemplo, empresas de atividades económicas diferentes.
Apesar do referido anteriormente, existem certos parâmetros que são essenciais e obrigatórios para a construção de um bom CV. E é precisamente estes que vamos abordar nesta publicação.
Primeiro, os dados pessoais, que incluem o nome, contactos, nacionalidade, local de residência, link para as redes sociais (onde o Linkedin acaba por ser o mais útil e utilizado). Por uma questão de não descriminação, não deve ter fotografia. Para além disso, e apesar de todos os recrutadores o quererem saber, não deverás revelar a idade ou data de nascimento, pois vivemos cada vez mais num período em que aquilo que fazes é muito mais importante do que a tua idade.
De seguida, uma pequena introdução pessoal e/ou profissional, que contém uma breve descrição de quem és e o porquê de estares a candidatar-te para determinado cargo. Isto mostrará que te preocupas com os CVs que envias, ou seja, não é só um documento genérico que envias para dezenas de empresas.
Dimensão do CV: para a grande maioria das funções, um currículo de uma página é mais que suficiente! Se não és um arquiteto, uma página pode ser mais que suficiente para passares a mensagem que queres (sem perder a atenção do recrutador).
Usa as palavras adequadas. Hoje em dia, algoritmos como o da CV Riser ajudam recrutadores a escolher os melhores candidatos. Uma das características do algoritmo é exatamente analisar o conteúdo do teu CV, pois a forma que escreves e as palavras que usas ajudam a definir a tua forma de estar/sentir.
Assim sendo, é essencial que escolhas bem as palavras-chave para descrever as tuas competências técnicas e não técnicas, e que escrevas frases que possuam o máximo de palavras possíveis que possam ser associadas ao positivismo.
Para os menos experientes, um dos aspetos mais importantes é o background académico, em que este tem que ser apresentado de uma forma cronológica. Não basta colocares o teu curso e a média final/atual. Uma breve descrição do objetivo do curso e os temas/cadeiras que mais valorizas irá ajudar o recrutador a perceber melhor os teus interesses e competências técnicas ou não técnicas.
É importante realçar da melhor maneira a tua experiência profissional ou, no caso de estudantes, participação em atividades extracurriculares. Esta categoria tem imensa relevância uma vez que é a "prova" das tuas competências em contexto de trabalho. Aconselha-se a começar com o cargo/função atual, uma vez que normalmente é o mais relevante para a função a que te estás a candidatar. Não te esqueças de colocar uma breve descrição do que consistiu o trabalho, a duração deste e, sempre que possível, mencionar alguns dados a nível quantitativo que revelem algum mérito da função que desempenhaste (exemplo: a nossa venda aumentou em 15% desde que sugeri uma melhoria na nossa política de preços).
Por fim, dedica uma parte do teu currículo a interesses pessoais e outras atividades que consideres relevantes mencionar, como por exemplo, participação em voluntariado, se és ou foste atleta federado em alguma modalidade, hobbies e interesses pessoais. Esta secção pode ajudar a empresa a perceber se te enquadras bem na cultura e valores da organização.
Encara este parágrafo anterior como uma forma de "vantagem competitiva". Como qualquer processo de recrutamento, o objetivo é "vender" o teu currículo ao recrutador e explicar como a tua contratação trará mais valor para a empresa em questão.
É tudo uma questão de Marketing Pessoal, uma vez que alguns processos envolvem centenas de candidatos com perfis muito idênticos ao teu nível de competências académicas e profissionais, portanto os interesses pessoais serão o teu ponto de destaque.
Como mencionado no início desta publicação, o CV é um documento muito subjetivo, porque pode ser um modelo apelativo para uma determinada empresa mas não para outra.
O importante é conter a informação necessária para demonstrar as tuas competências para a função em questão e cativar o interesse do(s) recrutador(es), para que numa fase posterior do processo de recrutamento, como dinâmicas de grupo ou entrevistas individuais, tenhas a oportunidade de elaborar melhor as experiências que já viveste.
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